Genulândia - "Vivam os Joelhos"
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CIRURGIA ARTROSCÓPICA DO JOELHO

 

artroscopia

CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA

A história das sucessivas tentativas, de olhar para dentro de uma cavidade natural, por um tubo iluminado, através de pequenos orifícios ou incisões, reporta-nos a Viena, a 1806 e a Phillip Bozzini. A esta atitude, que desde essa altura se desenvolveu para atingir o interior das várias cavidades naturais e melhor as poder estudar, chamou-se em 1853, possivelmente com Desormeaux, endoscopia.

Com a extensão inevitável da endoscopia às cavidades articulares, surgiu nova metodologia e bem assim designação mais específica.

Crê-se que o termo artroscopia, terá surgido com o Prof. K. Takagi em 1918 e com o seu artroscópio, ou seja o instrumento que permite, através de pequeníssimas incisões, a visão do interior de uma articulação.

Desde essa altura, em que surgiu o termo artroscopia e os dias de hoje, tem decorrido longa história, para a qual o contributo de  Robert Metcalf, L. Johnson, James Guhl, Dinesh Patel, Kenneth Dehaven, Robert G.Stone, Jan Gillquist, F. Santos Silva e outros, tem sido decisivo. A artroscopia e em particular a cirurgia artroscópica, tem-se desenvolvido tão consistentemente, quer nas suas utilizações cirúrgicas, quer no aperfeiçoamento do seu instrumental, que cremos ser razoável afirmar, não ser possível a qualquer clínica ortopédica, deixar já de a incluir na sua rotina diária de trabalho.

Como já se deixou implícito no exposto anteriormente, o interesse da cirurgia artroscópica do joelho, está na possibilidade de efectivação de diversos procedimentos cirúrgicos terapêuticos no interior de uma articulação, com o mínimo de invasão e agressividade para o doente.

Para esta atitude o artroscópio é fundamental, pois que é através dele que fazemos não só a introdução de toda a luz necessária à iluminação da cavidade articular, mas também é através do seu sistema de lentes, que conseguimos fazer a recolha das imagens do interior articular, em conjunto com uma minúscula câmara de vídeo. Decisivo também é todo o armamentário cirúrgico miniaturizado.

No aspecto terapêutico, pelos resultados que proporciona, a cirurgia artroscópica, permite realizar no joelho e de modo que podemos dizer exemplar, procedimentos como, a remodelação meniscal, a sutura meniscal, o transplante homólogo de menisco, a reconstituição do ligamento cruzado anterior ou posterior, a biópsia sinovial, a sinovectomia total ou parcial, o tratamento da osteocondrite dissecante, a exérese de corpos livres intra-articulares, a libertação do retináculo externo, a condroplastia da cartilagem doente, o transplante autólogo de cartilagem.

Importa reforçar, que a cirurgia artroscópica do joelho na sua generalidade, pela rapidez e efectividade de diagnóstico, praticamente sem riscos para o doente, tem um valor inegável, ultrapassando em tudo o que até ao momento temos à disposição.

Por outro lado, com as práticas cirúrgicas que possibilita, permite-nos resolver problemas de um dia para o outro, com muito menor agressão para o doente, quer de ordem geral (quase todas as operações são efectuadas com anestesia local), quer de ordem local (incisões de pouco mais de 4 milímetros) e colocando-o com um restitutio ad integrum em tempo bastante reduzido.